sexta-feira, 19 de dezembro de 2008


"Foi porque nunca tivemos gramáticas, nem coleções de velhos vegetais. E nunca soubemos o que era urbano, suburbano, fronteiriço e continental. Preguiçosos no mapa-múndi do Brasil."

(O. Andrade)

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Não quero mais saber das minhas impossibilidades, alguém me ressaltou por escrito coisas maravilhosas sobre mim que agora passo a acreditar (logo mais posso esquecer também).

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Análise do filme-documentário "Janela da Alma" (2001) de João Jardim, em relação com o trabalho do ator.


A visão. O filme, essencialmente, trata da visão que temos – ou que deveríamos ter – além das coisas concretas, as entre-linhas, aquilo que você só encontra olhando para si e para fora. É possível distinguir o olhar do ver, porque o que você está olhando não é necessariamente aquilo que você vê.
O filme traz diversos depoimentos de pessoas, entre elas fotógrafos, cineastas, atores, músicos e poetas abordando temas como deficiência visual e a capacidade sensorial de perceber o mundo e as pessoas ao redor; a sensibilidade interna e a imaginação que transborda através dos olhos para as coisas já construídas do mundo externo e como essas coisas são relevantes em um trabalho, como no caso da cineasta Marjut Rimminen que transformou sua frustração de vida numa carreira artística brilhante; história assim já conhecida no meio artístico, desde Van Gogh e muitos outros.
O título tem, sem dúvida, bom gosto pois o olhar discutido no filme, na fala dos “entrevistados”, é um olhar infinito, o que fica claro no depoimento de um dos poetas e o exemplo utilizado me pareceu bem familiar: como quando olho em um espelho que está à minha frente e há um outro atrás de mim e logo é refletido outro, depois outro e mais outro, assim sucessivamente.
O que realmente me interessou foi o olhar para fora, recolhendo os dados e anúncios, expostos e prontos; reinterpretá-los de maneira a retirar apenas o que lhe serve de bom ou ruim, amigável ou terrível (dependendo do que se busca) e à isso somar uma imaginação sua, que transforme o que antes já estava pré-determinado. Quase como o cego faz para sentir ou interpretar o que ele toca/ escuta, porém ele faz com uma velocidade desconhecida por mim.
A cena final do filme-documentário é de um parto normal, onde mostra o recém-nascido chorando e abrindo os seus olhos pela primeira vez, onde novamente o diretor acertou em cheio, porque é a partir desse momento que vamos ter um longo aprendizado, que influenciará se vamos apenas olhar as coisas ou se vamos realmente ver além das coisas.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

remando contra a maré



Penso porque andamos com as pernas e não com as mãos
ou porque pensamos com a cabeça ao invés do coração

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Um elefante incomoda muita gente


Meu Deus, corre!
desesperos desnecessários e preocupações supérflas
Eu deveria parar de me incomodar com quem se preocupa com coisas tão pequenas, que não merecem atenção nem mesmo de uma gota de chuva.
Na verdade eu sei o por quê
É porque eu não dou atenção, eu nem ligo para o que quer me incomodar.
(mas me incomodo com quem se deixa incomodar)


segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Contra as sublimações antagônicas. Trazidas nas caravelas. (Oswald)



Por mais que as coisas venham ou que vão, não estou caminhando para um lugar certo, já determinado, ou que eu saiba onde isso tudo vai dar. Por mais que eu acredite estar fazendo tudo como deve ser feito, sempre tem um ponto que me escapa.

Tudo isso vai ficando sempre acumulado no mesmo lugar, mesmo depois de tantos vendavais. Já veio de uma história velha, mal contada. Nenhuma idéia nos salvaria, ou talvez somente uma que ainda é novidade. E mesmo assim, por mais nova que seja perderia logo o frescor de novo, porque é tudo muito novo, sabia?

E não passa de um mal entendido.


(Me desculpe)