segunda-feira, 28 de dezembro de 2009


mata
mata a mata
mata
mata a mata
mata também quem mata a mata
mata esse e mata esse aqui também
mata que logo mata alguém
mata mata
mata a mata

que ela não mata ninguém

mato
mato o mato
mato
mato mato
mato também quem matou o selvagem do mato
mato esse e esse aqui também
mato porque ele logo mata alguém
mato mato
mato o mato

e mato a mim também

sábado, 26 de dezembro de 2009

Ao entrar no quarto de Débora vê-se cinco coisas: a cama no canto esquerdo, a parede decorada coberta por papel, a outra parede desenhada, a cômoda coberta por papel, a instalação auto-biográfica.
Na entrevista do vídeo perguntamos o que era aquele objeto para ela, já retirando a simples visão de objeto. Débora é do tipo que não sabe ser natural quando filmamos, ela ainda canta, dá longos intervalos de silêncio, pensando no que poderia responder naquela pergunta tão óbvia, tão dela mesma. Enfim, responde: "Talvez seja por culpa dele [o colete]"

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Edição de férias: "Sorria Débora"
(por Barbara Zaporoszenko e Eidglas Xavier)

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

[...] que era um homem e não gostava de poesia pela metade; ficava difícil de decifrá-las. O que entendia ele dele mesmo? Nada, não sabia porque calçava o mesmo par de sapatos pela manhã e nem porque a lâmina que usava para fazer a barba quando chegava em casa era azul. Mas tinha que ser rápido e barulhento, com ritmo forte, grande, de modo a não prestar atenção em nada e ninguém: "é assim a vida, oras!". E só se cansava de viver ele mesmo: "ai que canseira" resmungava [...]