terça-feira, 15 de dezembro de 2009

[...] que era um homem e não gostava de poesia pela metade; ficava difícil de decifrá-las. O que entendia ele dele mesmo? Nada, não sabia porque calçava o mesmo par de sapatos pela manhã e nem porque a lâmina que usava para fazer a barba quando chegava em casa era azul. Mas tinha que ser rápido e barulhento, com ritmo forte, grande, de modo a não prestar atenção em nada e ninguém: "é assim a vida, oras!". E só se cansava de viver ele mesmo: "ai que canseira" resmungava [...]

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