quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009




Começo por me identificar, eu sou um cachorro.
Que não vai responder a nenhuma pergunta, mesmo porque não sei as respostas.Aqui onde estou posso passar quase despercebido em meio de outros que também levam os crachás dependurados no pescoço como os rótulos das garrafas de uísque. Que ninguém lê com atenção, estão todos muito ocupados para se interessar de verdade por um próximo que é único e múltiplo apesar da identidade.
( Lygia Fagundes Telles )

Um comentário:

Vinícius Silvestre disse...

esse é meu conto predileto da lygia... e é de muita gente. acredito que é pela humanidade que ela coloca no cão... essa coisa de bixo realmente dá ibope, você leu Marley e eu? eu não. queria ver o filme.


te adoro Eidglass.